quarta-feira, 20 de março de 2013

Cinco ataques em menos de três anos em Luis AlvesDesde julho de 2011 explosões em caixas eletrônicos são rotina na cidade


Por cinco vezes nos últimos dois anos e 10 meses, moradores de Luis Alves foram despertados à noite por explosões vindas das agências bancárias da cidade. Desde a primeira vez, em julho de 2011, os outros ataques passaram a se tornar rotina.
Ontem de manhã, após mais uma ação dos bandidos na agência do Banco do Brasil, no Centro, a população deu sinais de cansaço perante a inércia do Estado. Diante de uma fachada destruída e dois caixas eletrônicos estraçalhados pela explosão de dinamites, um grupo de moradores reclamou da terceira ocorrência em três meses:
– Está feio o negócio. Na última vez, demoraram quase 90 dias para reconstruir a agência do Banco do Brasil. Imagina agora! É um absurdo – indignou-se o morador Patrick Silvério, 30 anos.
O absurdo a que se refere o morador de Luis Alves iniciou em 29 de dezembro. Com ataques a agências do Banco do Brasil e Bradesco, os moradores tiveram limitado o acesso a serviços bancários. Contas precisaram ser pagas nos Correios e casa lotérica.
 Ontem, por volta das 3h, seis homens armados chegaram ao banco em um Corsa, com placas de Balneário Camboriú, e um Uno furtado, de Luis Alves. Renderam o vigia do banco e atiraram contra ele e o vidro da unidade. Segundos depois, explodiram os caixas eletrônicos e fugiram. Logo na saída da agência, três policiais militares conseguiram flagrar o grupo, que recebeu os PMs com tiros. Mesmo com a troca de disparos, os seis conseguiram fugir em direção a Ilhota. Próximos à BR-470, capotaram os veículos e houve outra troca de tiros. Cinco deles estavam no Corsa e um no Uno. Todos correram para o matagal.
Ontem de manhã, por volta das 11h15min, Edson de Souza, 19 anos, foi preso em Ilhota, ao tentar fugir pelo Rio Itajaí-Açu. Segundo o delegado responsável pela prisão, Egídio Ferrari, Souza tem passagens pela polícia, assim como os outros suspeitos de participação no assalto. O jovem preso é natural de Balneário Camboriú. Em depoimento a Ferrari, confessou que dirigiu um dos veículos usados no roubo. Na fuga, ele estava sozinho com o Uno furtado e capotou o carro na BR-470. Correu para o matagal e ficou escondido até ser localizado.
Os outros cinco suspeitos estão foragidos. Em um dos carros, a polícia encontrou R$ 8 mil, o colete à prova de balas levado do vigilante e um tênis. Diante do material apreendido, a polícia acredita que o grupo não conseguiu levar qualquer quantia roubada.

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