sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Jogo de empurra Depois de o Estado pedir área para penitenciária, prefeitos querem que governador defina o local

BLUMENAU - A definição da cidade em que será construída a Penitenciária do Médio Vale do Itajaí entrou em um jogo de empurra. Cinco meses depois de o Departamento de Administração Prisional (Deap) anunciar que estão garantidos R$ 27 milhões para a construção da unidade e exigir que os municípios cedessem um terreno onde será erguida a obra, os 14 prefeitos da região decidiram que precisam de uma reunião com o governador Raimundo Colombo para discutir o assunto. O grupo cobra que o Estado apresente a política de segurança planejada para o Médio Vale.

Ontem de manhã, em reunião da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), os representantes aprovaram por unanimidade a audiência com o governador. Esperam que seja explicado a eles qual a estrutura de segurança pública será instalada na região, além da penitenciária. Por isso, entendem que quem deve definir a cidade e o local ideal para receber a estrutura é o próprio Estado.

– Os problemas de segurança pública são muito maiores do que a construção de um presídio. Trabalhamos assim nas cidades e queremos saber qual é o projeto que o governador tem para o Médio Vale do Itajaí. Não somos contra a obra, mas queremos saber quais são os encaminhamentos para a região – explicou o presidente da Ammvi e prefeito de Timbó, Laércio Schuster Jr.

Associação pede estudo técnico para definir o local

Antes questionados pelo Deap e Tribunal de Justiça, que pediam uma área aos prefeitos, agora os municípios querem que a decisão venha do governador.

– Com base nos estudos técnicos, onde ele (governador) definir, será o local que vamos acatar – garantiu Schuster Jr.

Para o presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Ronaldo Baumgarten Jr., a decisão de passar a responsabilidade para o governo estadual deixa Raimundo Colombo com a “faca e queijo na mão”:

– Temos que aproveitar o momento e fazer a penitenciária o mais rápido possível. Concordo com os prefeitos que exigem saber a contrapartida do Estado. Com essa decisão, deram a carta branca ao governador para decidir o local – afirmou.

O Deap se manifestou por meio de David Santana, assessor do diretor Leandro Lima. Segundo Santana, com a decisão dos prefeitos, o debate será feito com a Secretaria de Justiça e Cidadania e o governador. O assessor destacou que não há perigo de a verba ser perdida.

– Faremos todos os esforços possíveis para iniciar logo a obra. Assim como nas outras regiões, serão feitas audiências públicas nas cidades cogitadas a receber a unidade – garantiu Santana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário