FLORIANÓPOLIS - Policiais da Força Nacional de Segurança atuarão na ofensiva contra os atentados que atingem o Estado há mais de duas semanas. As tropas deverão cuidar da transferência dos presos líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) a presídios federais e também evitar supostas tentativas de rebelião nas prisões.
Hoje, às 9 horas, haverá uma reunião entre autoridades estaduais e federais da Segurança Pública e Justiça para decidir as estratégias nos próximos dias. A chegada da tropa federal é aguardada para as próximas horas, com pelo menos 350 homens. O reforço federal foi acertado em reunião na noite de quarta-feira entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador Raimundo Colombo.
Tanto as autoridades estaduais quanto as federais não quiseram se manifestar sobre a vinda do reforço. À tarde, em uma reunião fechada com vereadores, a secretária da Justiça e Cidadania, Ada De Luca, teria confidenciado que as tropas estavam a caminho, o que negou mais tarde aos jornalistas.
Grupo reforçará segurança nos presídios
A reportagem conversou com seis integrantes dos dois governos que sinalizaram como positiva a vinda do grupo, que deve apoiar as transferências de líderes do PGC para prisões federais.
Os presos do bando estão principalmente na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, mas também em outras cadeias como em Criciúma, no Sul.
A Força também deve guarnecer os presídios. Há temor das autoridades de que a ida dos líderes do PGC para fora de SC desencadeie rebeliões. São esses criminosos da facção que estariam ordenando a segunda onda de ataques a ônibus, veículos e prédios públicos.
Ontem, os profissionais do transporte coletivo da Capital fizeram paralisação e previram mudanças no horário de atuação para os próximos dias, como medidas de segurança (confira no texto abaixo as ações adotadas no transporte público em Blumenau).
Desde o dia 30 de janeiro, ocorreram 98 ataques. Ontem, um caminhão foi incendiado em Tubarão.
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