A Polícia Civil de Penha investiga o acidente que deixou um artista circense com 80% do corpo queimado na quarta-feira. Como não havia sido registrado boletim de ocorrência do caso, quinta-feira à tarde investigadores foram até o local para apurar as causas e verificar se houve algum tipo de negligência.
Fábio Silveira, 39 anos, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus enquanto soldava um trailer onde estavam armazenados fogos de artifício. O acidente ocorreu na Avenida Nereu Ramos, na Praia Alegre, onde o teatro Biriba está instalado desde a semana passada. De acordo com os bombeiros, Fábio queimou especialmente braços, pernas, costas, a parte de trás da cabeça e o rosto.
O circense foi encaminhado ao pronto-atendimento da cidade e de lá transferido de helicóptero para o hospital em Joinville, onde permanece internado. Ele estava consciente quando foi atendido. Faíscas foram suficientes para causar as queimaduras por quase todo o corpo de Fábio.
Por volta das 11h de quarta ele trabalhava esmerilhando uma parte do trailer, para posteriormente soldar, quando as fagulhas atingiram os fogos. Segundo o gerente do circo, Franco Adriano, não houve explosão, mas as chamas que se formaram atingiram Fábio.
- Eu estava trabalhando aqui na frente quando ouvi os gritos, imediatamente todo mundo correu para socorrer e não deixou ele deitar no chão para não infectar as feridas - lamenta.
A cena, segundo Adriano, foi lastimável. Todo o pessoal que trabalhava na montagem da estrutura do Biriba naquele momento presenciou o fato. O gerente conta que os explosivos estavam armazenados para serem usados no Réveillon, mas não fariam parte do espetáculo. O trailer não chegou a ser atingido e mais ninguém se feriu.
A estreia das apresentações na cidade estava prevista para a noite de quarta, mas devido ao acidente foi adiada para sexta-feira, às 21h15min. Fábio participaria do show Biribinha: o falso conde. Ele será substituído.
Alvará
Também quinta-feira, os bombeiros de Navegantes concederam o alvará para que o teatro Biriba funcione até o fim de fevereiro em Penha. De acordo com o soldado Ricardo Cezarotto, o local tem quatro extintores de incêndio e luminárias de emergência informando os locais de saída. A tenda do Biriba tem espaço para 500 pessoas.
Nascido e criado no circo
Malu Silveira, 38, vive com a família Biriba, composta por 28 pessoas, desde os 17 anos. Ainda adolescente, ela se casou com Fábio e desde então passou a viver em cidades onde o teatro se apresenta. Quinta-feira ela mal conseguia falar sobre o marido.
Fábio é nascido e criado no palco. Quando o circo ainda pertencia ao avô de Adriano, a mãe do artista trabalhava no Biriba. Segundo o gerente do grupo, Fábio chegou a ficar alguns anos afastado do circo, mas acabou voltando.
- Nós nos criamos aqui, como irmãos - conta Franco Adriano.
Até a manhã de quinta-feira, Malu ainda não tinha ido visitar o marido no hospital. O sorriso nervoso deixava transparecer a ansiedade para saber o estado de saúde e, acima disso, ver com os próprios olhos e talvez falar com o marido.
Fábio tem três filhas, uma delas do primeiro casamento e que mora em Urussanga. As outras duas, de sete e três anos, moram com os pais em um trailer equipado com tudo o que uma casa tem direito.
Não fosse o acidente, Fábio participaria do espetáculo que estreia hoje com vários personagens. Ele teve de ser substituído. Além de atuarem, todos os artistas do Biriba trabalham na montagem e administração do circo.
Os fogos
Os fogos causadores das queimaduras em Fábio seriam usados na comemoração de Ano-Novo dos integrantes do Biriba. Para Franco Adriano, 2012 foi difícil e agora ele só espera que o ano termine o quanto antes.
- Antes daqui nós estávamos em Timbó e teve uma chuva de pedras que furou toda a nossa lona, tivemos que comprar outra, agora esta fatalidade, só quero que 2012 termine - desabafou.
Fábio Silveira, 39 anos, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus enquanto soldava um trailer onde estavam armazenados fogos de artifício. O acidente ocorreu na Avenida Nereu Ramos, na Praia Alegre, onde o teatro Biriba está instalado desde a semana passada. De acordo com os bombeiros, Fábio queimou especialmente braços, pernas, costas, a parte de trás da cabeça e o rosto.
O circense foi encaminhado ao pronto-atendimento da cidade e de lá transferido de helicóptero para o hospital em Joinville, onde permanece internado. Ele estava consciente quando foi atendido. Faíscas foram suficientes para causar as queimaduras por quase todo o corpo de Fábio.
Por volta das 11h de quarta ele trabalhava esmerilhando uma parte do trailer, para posteriormente soldar, quando as fagulhas atingiram os fogos. Segundo o gerente do circo, Franco Adriano, não houve explosão, mas as chamas que se formaram atingiram Fábio.
- Eu estava trabalhando aqui na frente quando ouvi os gritos, imediatamente todo mundo correu para socorrer e não deixou ele deitar no chão para não infectar as feridas - lamenta.
A cena, segundo Adriano, foi lastimável. Todo o pessoal que trabalhava na montagem da estrutura do Biriba naquele momento presenciou o fato. O gerente conta que os explosivos estavam armazenados para serem usados no Réveillon, mas não fariam parte do espetáculo. O trailer não chegou a ser atingido e mais ninguém se feriu.
A estreia das apresentações na cidade estava prevista para a noite de quarta, mas devido ao acidente foi adiada para sexta-feira, às 21h15min. Fábio participaria do show Biribinha: o falso conde. Ele será substituído.
Nascido e criado no circo
Fábio é nascido e criado no palco. Quando o circo ainda pertencia ao avô de Adriano, a mãe do artista trabalhava no Biriba. Segundo o gerente do grupo, Fábio chegou a ficar alguns anos afastado do circo, mas acabou voltando.
- Nós nos criamos aqui, como irmãos - conta Franco Adriano.
Até a manhã de quinta-feira, Malu ainda não tinha ido visitar o marido no hospital. O sorriso nervoso deixava transparecer a ansiedade para saber o estado de saúde e, acima disso, ver com os próprios olhos e talvez falar com o marido.
Fábio tem três filhas, uma delas do primeiro casamento e que mora em Urussanga. As outras duas, de sete e três anos, moram com os pais em um trailer equipado com tudo o que uma casa tem direito.
Não fosse o acidente, Fábio participaria do espetáculo que estreia hoje com vários personagens. Ele teve de ser substituído. Além de atuarem, todos os artistas do Biriba trabalham na montagem e administração do circo.
- Antes daqui nós estávamos em Timbó e teve uma chuva de pedras que furou toda a nossa lona, tivemos que comprar outra, agora esta fatalidade, só quero que 2012 termine - desabafou.
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