terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Governo e servidores não chegam a acordo e greve da Saúde continua em SC


A reunião entre governo do Estado e servidores da Saúde, que estão em greve, durou duas horas na tarde desta segunda-feira, e resultou na continuidade da paralisação. Com mediação do Ministério do Trabalho e a participação do secretário adjunto Acélio Casagrande, o encontro estava cercado de expectativa. O movimento dura 55 dias. 

Os grevistas não aceitaram a proposta do governo de pagar uma gratificação por produtividade. Recursos do sobreaviso e da hora plantão seria remanejados para bancar o benefício.

O sindicato da categoria (SindiSaúde) entende que o sistema não surtiria efeito prático. Os grevistas mantiveram a proposta anterior, que o governo alega não poder pagar porque aumentaria a folha de pagamento em R$ 10 milhões por mês.

Passos da Greve 

23/10 - Começo da greve:
 os servidores da saúde retomam a greve a partir nos hospitais públicos estaduais. A paralização, iniciada 15 dias antes havia sido suspensa por que o governo pediu prazo para apresentar uma nova proposta. 

8/11 - Hora-plantão é o ponto de discórdia: A origem da greve está relacionada à hora- plantão, nome usado na saúde para horas extras. Elas são pagas aos empregados do setor há 20 anos porque não existe mão de obra suficiente para manter os hospitais funcionando. Mas com a contratação de pessoal iniciada este ano, os servidores sentiram- se ameaçados de perder parte do salário. O sindicato dos trabalhadores (SindSaúde) defende que para manter a remuneração atual seja criada uma gratificação. 

16/11 - Corte no ponto dos grevistas: a Secretaria de Estado da Saúde passa a cortar o ponto dos servidores que estão em greve nos hospitais públicos. O registro deixa de ser eletrônico para ser manual. Uma reunião com todos os diretores e gerentes dos hospitais definiu as medidas de controle da presença dos servidores. 


19/11 - Emergência fechada: a emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, foi a primeira a fechar devido à falta de técnicos em enfermagem, que aderiram à greve. Somente encaminhamentos de outros médicos, das unidades de pronto atendimento e pacientes que chegam de ambulância são atendidos. 

29/11 - Paralisação nos ônibus: motoristas dos ônibus param por duas horas em apoio aos grevistas da saúde. Ministério público faz exigências ao governo, como reabertura imediata das emergências.

12/12 - Cassada liminar: faltando dois dias de expirar o prazo, o Tribunal de Justiça suspendeu a liminar que determinava ao governo restabelecer o atendimento nas emergências, UTIs e centros cirúrgicos dos hospitais da Grande Florianópolis. Serviços se mantêm precários.

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