Crise do milho elevou em até 29% o preço das aves, e em até 15% os cortes de suínos.Quem quiser garantir as tradicionais aves especiais ou cortes suínos à mesa durante as ceias de Natal e Ano-Novo vai gastar mais que no ano passado. A crise provocada pela alta do milho elevou em até 29% o preço das aves, e em até 15% os valores dos cortes de suínos consumidos no fim de ano, em comparação com o mesmo período de 2011.
Outro fator que contribuiu para a alta foi a quebra de safra do milho nos Estados Unidos. Conforme explica o diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura, Ricardo Gouvêa, os produtores brasileiros exportaram o produto, mas o mercado nacional ficou desabastecido.
Com pouca oferta do grão em solo brasileiro, o preço disparou. O milho é o principal insumo da ração entregue às aves. A redução dos plantéis foi outro fator que impulsionou a elevação dos preços.
Carne suína teve aumento médio de 15%
A carne suína também não escapou do reajuste. O vice-presidente para a Região do Vale do Itajaí da Associação Catarinense de Supermercados, Osnildo Maçaneiro, diz que os cortes suínos tradicionais para o período de festas tiveram um aumento médio de 15%. Maçaneiro acredita que o reajuste não será integralmente repassado.
Além de mais caros, os produtos de festa demoraram mais para chegar às gôndolas neste ano. Gerente de compras de uma rede catarinense de supermercados, Luciano José Zanolli explica que as empresas não estavam preparadas para suprir a fatia de mercado deixada pela suspensão de vendas dos produtos da Brasil Foods.
A condição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica para que fosse efetivada a união da Perdigão e da Sadia foi de que parte dos produtos das empresas — entre eles, alguns especiais para as festas de fim de ano — deixasse de ser vendida.
Os preços dos demais insumos que integram as ceias de fim de ano também sofreram aumento. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas, os produtos usados nas refeições comemorativas de Natal e Ano-Novo tiveram uma elevação nos preços de 18,6% entre dezembro de 2011 e novembro deste ano.

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