quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Equipamentos de segurança da boate Kiss eram negligenciados por questões estéticas, alega ex-funcionária


Irmã de uma das vítimas, relações públicas prestou depoimento à polícia na terça-feira

Em depoimento prestado à polícia na terça-feira, a ex-funcionária da boate Kiss Vanessa Vasconcellos, 23 anos, disse que o sócio Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, costumava trocar de lugar extintores e luzes de emergência.
— Em questão visual, o Kiko não gostava muito de ver os extintores na parede. Ele achava que era uma coisa esteticamente feia.
A relações públicas, que foi demitida em dezembro de 2012, segundo ela, depois de sucessivos desentendimentos com Kiko, lembra que nem todos o aparato de segurança adquirido pela casa noturna era utilizado no local.
— Em novembro recebi oito extintores, mas dois não foram instalados. Ficaram largados no caixa — afirma.
De acordo com Vanessa, uma das razões pelas discussões com o ex-chefe eram a negligência em relação a funcionários e procedimentos de segurança. Ela trabalhou por dois anos na boate.
— Ele (Kiko) tinha ideias extravagantes, mas a Kiss não tinha suporte para isso.
Além dos fogos de artifício usados durante as apresentações, a banda Gurizada Fandangueira, envolvida no incidente, teria gravado um clipe com show pirotécnico dentro da boate, segundo a relações públicas.
Vanessa é irmã de Leticia Vasconcellos, 36 anos, que perdeu a vida no incêndio da Kiss. Leticia também havia trabalhado na boate, como recepcionista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário