quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Em Ituporanga, 10 homens são resgatados de condição de trabalho escravo


A Polícia Civil libertou, na manhã desta terça-feira, 10 trabalhadores submetidos a trabalho escravo em Ituporanga, no Vale do Itajaí. De acordo com o delegado Gustavo Reis, os homens eram mantidos em condições desumanas e degradantes, trabalhando com o corte de eucalipto em uma propriedade do Bairro Lagoa Vermelha. O intermediário do crime será autuado em flagrante por redução à condição análoga à escravidão. 

O delegado Nelson Vidal afirmou que os trabalhadores não tinham registro profissional, não recebiam hora extra e trabalhavam em média 11 horas por dia. Eles não tinham cama, divisória entre os quartos, geladeira, água potável, e banheiro. Faziam as necessidades em um buraco no chão, comiam carne estragada e tomavam banho no mesmo local onde eram lavados os pratos. Recebiam em média R$35 reais por dia, mas ao fim do mês pagavam pela comida, e lhes restava em média R$200,00. 

O "gato", homem contratado responsável pelo local, comprava a comida para os trabalhadores, que pagavam um valor superfaturado. De acordo com Vidal, são dois os donos do local, um do ramo de combustíveis e o outro de uma madeireira, ambos de Ituporanga. Os trabalhadores já foram retirados da situação.

Os donos da propriedade podem responder pelos crimes: redução de alguém à condição análoga a de escravo; aliciamento de trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra localidade do território nacional; e pelo crime de falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro.Trabalhadores não recebiam hora extra e trabalhavam em média 11 horas por dia


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