terça-feira, 2 de abril de 2013

Número de assassinatos cresce 17,8% no Litoral Norte de Santa Catarina


Dados do primeiro trimestre apontam 33 homicídios, contra 28 no mesmo período de 2012.A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina divulgou na noite desta segunda-feira o relatório de homicídios dolosos (em que há intenção de matar) dos últimos três meses. Em todo o Estado houve queda de 14,51% no número de assassinatos, com 165 registros entre 1º de janeiro e 31 de março contra 193 no mesmo período de 2012. 


Já no Litoral Norte a situação é diferente. Os dados de Camboriú, Balneário Camboriú, Itajaí e Porto Belo elevam a quantidade de homicídios da região de 28, no ano passado, para 33 no primeiro trimestre de 2013 - um crescimento de 17,8%. 

Em Itapema houve diminuição de quatro para dois casos, e em Balneário Piçarras de dois para um. Penha, com um assassinato, e Navegantes, com quatro, mantiveram os números de 2012. O crescimento mais acentuado ocorre em Camboriú, que subiu de cinco para oito homicídios. 

Em Balneário o salto foi de cinco para sete, e em Itajaí de sete para oito. Já Porto Belo, onde não ocorreu nenhum assassinato no ano passado, teve dois registros até 31 de março de 2013. Também chama a atenção no relatório a posição de Camboriú no ranking estadual. 

O município, com menos de 65 mil habitantes, aparece no quarto lugar nos números absolutos - superando cidades mais populosas como Balneário, Criciúma, Palhoça e São José e igualando Blumenau, que tem uma população cinco vezes maior. O índice de assassinatos se aproxima até de Florianópolis, que tem 421 mil habitantes e 10 homicídios no primeiro trimestre.

Problema estadual
Professor de Direito da Univali e especialista em Segurança Pública, Juliano Keller do Valle pondera que o cenário do Litoral Norte é semelhante ao observado em quase todas as cidades do Estado, e destaca que a sazonalidade da região contribui para os números elevados. 

- A região de Camboriú e Balneário é um grande corredor para outras cidades, é uma ligação do Vale ao Litoral. Então esses dados também precisam ser analisados sob a ótica da origem dessas pessoas envolvidas nos homicídios e onde o crime se iniciou. Mas claro que os problemas da região são públicos e notórios: baixo efetivo policial e os bolsões de pobreza, que originam por exemplo o latrocínio (roubo seguido de morte) - analisa. 

A taxa catarinense de homicídios por 100 mil habitantes ficou em 2,64 nestes três primeiros meses do ano, e houve registro de assassinatos em 65 dos 295 municípios do Estado.

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