Dados do primeiro trimestre apontam 33 homicídios, contra 28 no mesmo período de 2012.A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina divulgou na noite desta segunda-feira o relatório de homicídios dolosos (em que há intenção de matar) dos últimos três meses. Em todo o Estado houve queda de 14,51% no número de assassinatos, com 165 registros entre 1º de janeiro e 31 de março contra 193 no mesmo período de 2012.
Já no Litoral Norte a situação é diferente. Os dados de Camboriú, Balneário Camboriú, Itajaí e Porto Belo elevam a quantidade de homicídios da região de 28, no ano passado, para 33 no primeiro trimestre de 2013 - um crescimento de 17,8%.
Em Itapema houve diminuição de quatro para dois casos, e em Balneário Piçarras de dois para um. Penha, com um assassinato, e Navegantes, com quatro, mantiveram os números de 2012. O crescimento mais acentuado ocorre em Camboriú, que subiu de cinco para oito homicídios.
Em Balneário o salto foi de cinco para sete, e em Itajaí de sete para oito. Já Porto Belo, onde não ocorreu nenhum assassinato no ano passado, teve dois registros até 31 de março de 2013. Também chama a atenção no relatório a posição de Camboriú no ranking estadual.
O município, com menos de 65 mil habitantes, aparece no quarto lugar nos números absolutos - superando cidades mais populosas como Balneário, Criciúma, Palhoça e São José e igualando Blumenau, que tem uma população cinco vezes maior. O índice de assassinatos se aproxima até de Florianópolis, que tem 421 mil habitantes e 10 homicídios no primeiro trimestre.
Problema estadual
Professor de Direito da Univali e especialista em Segurança Pública, Juliano Keller do Valle pondera que o cenário do Litoral Norte é semelhante ao observado em quase todas as cidades do Estado, e destaca que a sazonalidade da região contribui para os números elevados.
- A região de Camboriú e Balneário é um grande corredor para outras cidades, é uma ligação do Vale ao Litoral. Então esses dados também precisam ser analisados sob a ótica da origem dessas pessoas envolvidas nos homicídios e onde o crime se iniciou. Mas claro que os problemas da região são públicos e notórios: baixo efetivo policial e os bolsões de pobreza, que originam por exemplo o latrocínio (roubo seguido de morte) - analisa.
A taxa catarinense de homicídios por 100 mil habitantes ficou em 2,64 nestes três primeiros meses do ano, e houve registro de assassinatos em 65 dos 295 municípios do Estado.
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